Ora bem, isto vai sair grande, demasiado pessoal, cheio de pormenores insignificantes e provavelmente vai-vos dar seca. You’ve been warned :)
A minha história sobre a première do Amanhecer 2 começou em Novembro de 2011 – o mês em que eu derramei as primeiras lágrimas por causa do fim iminente. Antes do Amanhecer 1 estrear, algo dentro de mim percebeu que, desse por onde desse, não havia forma de encerrar este capítulo sem ir a uma première – o derradeiro evento twilight. Sem grande convicção, comecei a falar no assunto aos meus pais e, aliando sempre a ideia a uma visita a Londres (cidade onde o meu pai viveu e pela qual tem uma grande paixão), fui tratando de os convencer. No Natal, chegou a promessa de uma viagem em Novembro deste ano, com fins meramente crepusculares.
Os meses foram passando e entretanto veio a première do Cosmopolis (onde consegui um autógrafo do Rob). Confesso que ainda hoje não acredito que tivemos o nosso rapaz a pisar solo português…
Em Julho deste ano, dados os acontecimentos infelizes que tiveram lugar, comuniquei a desistência. “Não quero ir a Londres.” e o assunto morreu. Mas, no fim de Setembro, comecei a sentir de novo o bichinho dentro de mim. Comecei a pensar que ia desperdiçar a última oportunidade de viver algo assim por causa de um escândalo cuja veracidade cada vez me levanta mais suspeitas. Mas, por outro lado, não queria fechar a saga com uma visão dolorosa do Rob e da Kristen num ambiente desconfortável – e uma parte de mim preferia mesmo guardar todas as premières maravilhosas dos anos passados, em vez de substituir essas imagens por uma que me assombraria imenso.
Depois chegou Outubro e as fotos Robsten começaram a surgir por todos os cantos. E o filme começou a aproximar-se. E os números no contador diminuíam a olhos vistos. E eu voltei atrás com a minha decisão, porque sabia que nunca me ia perdoar se desperdiçasse uma oportunidade destas. Quando começaram a sair as datas, apercebi-me que Londres era a meio da semana, o que não dava muito jeito. Somando isso à greve de dia 14 e a um teste a que não podia faltar (que acabou por ser mudado para dia 15 – conclusão, faltei mesmo), Madrid passou a ser o plano A. Era mais perto, mais barato e as probabilidades de conseguir um lugar melhor eram muito mas muito maiores.
Assim foi - saí de casa com os meus pais, a minha irmã e a minha melhor amiga (que, só por acaso, conheci aqui), às quatro da manhã de dia 15 para apanhar o avião. Com a greve no dia anterior, não quis correr o risco de ficar em terra e optei por ir para Espanha de madrugada e arriscar. Eram onze e meia quando recebemos as nossas pulseiras maravilhosas e entrámos para a passadeira. A essa hora, as grades estavam já todas preenchidas por miúdas enroladas em mantas e sacos-cama. Esperei mais de oito horas (das quais cerca de três foram passadas em pé) pela chegada do nosso trio. Ao frio, sem NADA para fazer além de simplesmente (des)esperar. Confesso que não foi um dia fácil – com muita ansiedade, muito stress, muito entusiasmo, muitas emoções e o relógio a recusar-se a avançar. Conhecer a Carolina Stewart Pattinson, a Sofia e a Catarina foi, sem sombra de dúvida, o ponto alto das longas horas passadas no exterior do Kinépolis. Não só porque é sempre bom sentir a ligação instantânea que se cria com pessoas que estão ali pelo mesmo motivo que nós, mas porque isso não tinha acontecido até ao momento em que nos encontrámos. E essa foi a maior desilusão desta experiência – não sei se por estarem cansadas e com frio, as espanholas (na sua maioria, embora não seja justo generalizar… depois acabei por encontrar umas quantas muito simpáticas) e os espanhóis (também havia rapazes!; e dos três com quem tive contacto não houve exceções) revelaram-se antipáticas, mal dispostas, pouco acolhedoras. Sempre imaginei estes eventos como grandes encontros de fãs e não foi exatamente isso que vivi. Durante uma certa parte do dia, senti-me mesmo mal naquele ambiente que me surpreendeu tanto quanto me desapontou. Não teve nada a ver com o que vivi no CCB, em Maio. Não senti aquele espírito característico destes acontecimentos, não senti vibração nenhuma até eles chegarem e, sobretudo, não senti nem um pouco da forma calorosa como os fãs das mesmas coisas se relacionam.
A certa altura, porque estava a ficar demasiado incomodada com a atitude das pessoas à minha frente, acabei por mudar de lugar, afastando-me da minha irmã e da minha amiga. Foi a melhor coisa que podia ter feito. Não só consegui ficar encostada às grades, como acabei por me meter no meio de um grupo de miúdas, estas sim muito simpáticas, completamente fanáticas pelo Taylor. E, depois de duas horas e tal em pé, o trio chegou.
Numa palavra, foi a loucura. Só quando eles chegaram e a multidão começou a rugir (nunca ouvi nada semelhante na minha vida!), é que eu me apercebi do que estava a acontecer. E numa fração de segundos, a Kristen estava a vir na minha direção. Consegui aguentar-me até ela passar, consegui vê-la e senti-la de perto, consegui filmá-la bem (apesar dos tremores dos meus braços, de cansaço e de nervosismo) e consegui um autógrafo. Depois ela seguiu e eu descontrolei-me por uns segundos. Acho que só quem vive uma coisa destas consegue perceber a sensação. Ver a Kristen era o meu objetivo – e acabei por conseguir bem mais do que isso. Ainda agora não acredito bem que a tive à minha frente, em carne e osso. Fiquei de tal forma descompensada que o meu primeiro impulso foi recuar. Na minha cabeça, o sonho estava concretizado, já me podia ir embora. Mas, felizmente, algo dentro de mim percebeu que se o impossível tinha acabado de acontecer, então era bem provável que a utopia absoluta se desse naquela noite. E deu. Oh se deu. A seguir veio o Bill, todo sorridente e simpático, assinar o meu exemplar do Twilight. Depois seguiu-se o Wyck, que me disse “hey!!” num tom tão entusiasmado como o que eu usei para o cumprimentar. Depois veio o Rob e eu estava a um passo da loucura – dois eventos com ele, dois autógrafos dele, tudo no mesmo ano. E, finalmente, o senhor Taylor Lautner, que me conquistou total e completamente assim que o vi pisar a passadeira vermelha.
Não vou perder tempo a tentar descrever o que senti, o que sinto, o quanto isto representa para mim. Digo-vos apenas que foi, sem qualquer dúvida, o melhor dia da minha vida. Foi o dia em que eu realizei o sonho – aquele que, de tão improvável e inatingível, nem nos atrevemos a imaginar. Não havia forma melhor de fechar estes quatro anos e sabe muito bem saber que, por muitas voltas que a vida dê, estes momentos já ninguém mos tira.
Como nota de rodapé, apesar de já ter dito isto no próprio dia, tenho que voltar a dizer que devo, em parte, esta oportunidade ao TP. Se não fosse este blog, eu nunca teria conhecido o significado real da palavra “fã”. Se não fosse este blog, eu não teria conseguido manter viva a chama da paixão (que, nas sábias palavras da Carolina, depois evoluiu e se tornou amor) pelo twilight. Se não fosse este blog, se não fossem as noites passadas a seguir de perto estes eventos, nem me teria passado pela cabeça ir a uma estreia. Sobretudo, se não fosse este blog, eu não teria conhecido aquela que veio a tornar-se a minha melhor amiga – a Margarida da fanfic – e a minha companheira para estas coisas. Tê-la ao meu lado enquanto víamos as pessoas que, no fundo, fizeram os nossos caminhos cruzarem-se fez do dia 15 de Novembro de 2012 uma data ainda mais especial. E posso garantir que, durante as horas passadas à espera, tive sempre na mente e no coração o TP.
A quem leu até ao fim, o meu agradecimento e as minhas desculpas por este testamento :)
C.C.
Fonte//Via
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