Na recente edição da revista Tu Style, da Itália, Kristen fala sobre seu mais recente filme Na Estrada – On the Road, o fim da Saga Crepúsculo e muito mais. Ao clicar nas miniaturas abaixo você pode conferir os scans da revista e, abaixo, a entrevista completa:
"Eu tenho que ser cuidadosa em como me comportar quando estou no centro das atenções," ela me disse quando a conheci para falar sobre Na Estrada - On the Road. "Além disso, eu sou mais livre do que as pessoas acham. Também porque eu não tenho nada a me envergonhar."
Kristen é feroz. Ela usa shorts curto, salto alto e uma camisa com uma loira lambendo um disco de vinil. Seu rosto é sempre sério, quase abatido, que contrasta com seu olhar ainda adolescente. Ela fala com entusiasmo sobre o filme de Walter Salles baseado no livro cult de 1950. "Eu mal podia esperar para filmar. É... importante pra caramba," ela diz.
Ela interpreta Marylou, a jovem desinibida esposa do personagem principal. "Ela realmente viveu, como os outros personagens baseados nos escritores," explica ela. "Luanne Henderson foi casada com Neal Cassady, que é aquele cabeça-quente do Dean Moriarty no filme."
- Você leu o livro de Jack Kerouac?
Sim, quando eu tinha 14 ou 15 anos, e isso realmente balançou. Esses personagens são os amigos que eu gostaria de ter. Eles são absorvidos em suas emoções e no desejo de experiência, assim como eu.
- Você está me dizendo que se sente um pouco "Beat"?
Quer dizeer, eu tenho esse desejo de experimentar, superar limites e conhecer pessoas diferentes. É necessário como o ar.
- Marylou era livre para amar e não só isso...
Devagar com as semelhanças. Eu sou realmente diferente dela. Eu sou introvertida. Ao contrário de mim, ela ri abertamente. Ela se oferece completamente, ainda que não deixe os caras usá-la. Sexo e drogas eram a forma deles se encontrarem, de explorar o mundo.
- Como você se sentiu filmando as cenas de masturbação e sexo?
O que era transgressor em 1950 não é mais hoje em dia. Além disso, sexo e nudez eram elementos tão importantes na história que eu tava pronta para filma-los quase como eles deveriam ter deixado uma épica marca na história do cinema... Brincadeiras a parte, o diretor recriou a atmosfera perfeita, de modo que fizemos isso naturalmente. Mesmo que eu não tenha vivido isso, eu podia sentir a energia daquela período: aqueles caras tentando espremer suas vidas até a última gota.
- Você também se sente assim?
Sim, a vida é curta demais para parar. Eu quero ganhar experiencia; gosto de desafios e de estar com pessoas ambiciosas que me estimulam a melhorar.
- Você já saiu em uma viagem de carro?
“Eu já, com alguns amigos um pouco antes da gravação do filme. Foi muito divertido. Não vou contar o quão sujo e fedorento o carro ficou no final. Mas quando eu trabalho, eu não tenho tempo para planos não agendados. A agenda é bem apertada.”
- Você está feliz ou triste por que Crepúsculo está acabando?
“Foi a minha misericórdia, e quem quer que pense que eu estou feliz de isso estar acabando não poderia estar mais errado. É claro que se eu não tivesse feito nenhum outro filme durante esses quatro anos, eu teria me sentido encaixotada. Mas você sabe o que é compartilhar essa paixão com milhares de pessoas de todo o mundo? É adrenalina pura! Eu seria um alienígena se eu não sentisse a energia que vem com um fenômeno mundial desse porte. Agora eu tenho um comichão ainda maior pra fazer algo. Eu quero dar o meu melhor, eu quero fazer isso agora. Não me venha com um tempo.
- Você nunca relaxa
“Eu relaxo… mas eu somente estou feliz quando eu estou cansada.”
- O que você ama sobre o seu trabalho?
“Eu vejo o cinema como uma grande fábrica e eu gosto de fazer parte desse time, de algo que é bem maior que eu. Eu posso parecer meio cheia de mim mesma, mas eu quero fazer filmes que tocam e deixam uma marca profunda nas pessoas.”
- Mas você atuou em outro filme de sucesso, A Branca de Neve e o Caçador
“Eu gosto da versão da história. A Branca de Neve é a Jeanne d’Arc jovem, ela é uma guerreira e ainda é feminina. Eu acho que nós precisamos de heroínas como essas.”
- Como você lembra dos dias que você começou a atuar?
“Eu tinha 9 anos e tinha motivações completamente diferentes das que eu tenho hoje. Meus pais trabalhavam no ramo, e quando eu saía com eles, eu ficava muito entediada. Eu queria um trabalho, e o único que eu poderia fazer naquela idade era atuar. Quando eu tinha 13 ano eu fiz “Speak” o que pela primeira vez me fez perceber o poder do cinema nos sentimentos das pessoas.
- Robert Pattinson também fez um filme de arte… há alguma rivalidade?
“Você está brincando? Eu estou muito orgulhosa dele!”.
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